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Posts sobre Coaching e Treino Desportivo
O medo é uma emoção básica que habitualmente é conotada negativamente pela sociedade ocidental. Não obstante, se analisarmos o seu mecanismo de funcionamento nos mamíferos e nos humanos particularmente, verificamos que estamos efetivamente muito bem equipados. O medo aparece como resposta a uma determinada ameaça, o que provoca uma descarga de adrenalina no nosso corpo e o prepara instintivamente para uma das seguintes situações:
- Fuga,
- Luta,
- Bloqueio
Qualquer delas pode ser eficaz dependendo da situação. Assim, caso a ameaça seja superior aquilo que é a perceção das nossas reais capacidades de enfrentamento, o melhor será fugir. Por isso para estar preparado para fugir, quando você sente medo os músculos quadricípites das suas coxas ficam mais tensos devido à descarga de adrenalina que os prepara para a acção. Esta acção também pode ser em forma de luta quando se tem a perceção de conseguir enfrentar a ameaça.
Algumas vezes a escolha recai sobre a forma de bloqueio. É instintivo e acontece geralmente para nos permitir analisar a situação e depois decidir se lutamos ou fugimos, ou ainda na esperança de que a ameaça termine.
A ansiedade que todos nós sentimos quando nos preparamos para uma determinada atividade, seja um exame na escola, uma entrevista para um novo emprego, a participação numa competição desportiva ou qualquer outra situação onde se tenham espectativas elevadas e não exista um conhecimento da realidade que se vai encarar e daquilo que são as nossas reais capacidades para enfrentar esse desafio pode tornar-se em medo.
O problema aqui é que a ameaça não existe, é você que a cria na sua própria cabeça.
Um dos meus clientes de coaching referia-me que quando ia para competições o medo dele era desiludir o treinador. Nós trabalhamos sobre o assunto por forma a desenvolver a coragem para enfrentar os seus próprios medos:
1º, aceitando-se como é e reconhecendo a sua própria ansiedade;
2º, com exercícios específicos para criar uma robustez mental adequada à situação;
3º, criando situações que lhe permitiram desenvolver um grau de autonomia e,
4º, de auto-responsabilização para poder definir os seus próprios objetivos e ,
5º, viver as vitórias e derrotas com naturalidade num processo de crescimento pessoal e desportivo.