Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Posts sobre Coaching e Treino Desportivo
O contributo mais significativo que os líderes podem dar não se resume ao dia de hoje; tem de levar ao desenvolvimento a longo prazo de pessoas e instituições para que se possam adaptar, mudar, prosperar e crescer. (…)
Precisamos de mais lideres exemplares e precisamos deles mais do que nunca. Há tanto trabalho extraordinário que precisa de ser feito. Precisamos de lideres que nos unam e nos despertem.
Afinal de contas, apercebemo-nos de que o desenvolvimento da liderança é o auto-desenvolvimento. Completar o desafio da liderança é um desafio pessoal e diário para todos nós.
in Kouzes e Posner, O Desafio da Liderança
Mark Stevenson convidado de Eduard Punset no seu programa Redes 147 identifica 8 traços fundamentais das pessoas otimistas e capazes de enfrentar estes tempos de grande mudança. Eis esses princípios:
Algumas pessoas são apaixonadas pelo treino e melhoria de competências de equipas e atletas. Se é o teu caso e queres ser coach ou treinador há alguns aspetos a considerar na tua formação e competências a desenvolver.
Fundamentalmente dividem-se em 3 áreas, saber, saber ser e saber fazer.
O saber diz respeito aos conhecimentos que uma pessoa tem de uma determinada área ou assunto. O saber fazer diz respeito à experiência, aos métodos, à forma de trabalho que uma pessoa tem numa área, o know how. O saber ser diz respeito à forma de estar e de se relacionar com outros, sejam atletas, pais, treinadores, agentes, público, etc.
Todas as áreas devem estar desenvolvidas de forma equilibrada. Embora cada um de nós, por escolhas ou oportunidades na nossa vida tenhamos maior apetência para uma ou outra, elas devem evoluir em paralelo.
É bastante provável que os desafios e dificuldades que vives no teu dia-a-dia tenham a ver com a área que mais valorizas, ou aquela que mais necessitas de desenvolver.
Desejo-te o melhor e que não pares de aprender e de evoluir…, para Ser Treinador.
Perder e ganhar faz parte da atividade desportiva de competição, assim como alcançar ou não os objetivos que definimos para nós mesmos.
Como é obvio, todos gostamos que a vida corra sempre da melhor forma e de acordo com que antecipamos ou desejamos à priori. Contudo, a dura realidade é que nem sempre isso acontece.
Então qual a melhor forma de enfrentar as derrotas e fracassos?
Bem, primeiro é preciso ter consciência de que elas fazem parte de todo o nosso processo de evolução, aceitando-as. Quando aceitamos as derrotas e os fracassos, isso permite-nos ter um maior discernimento para analisar o que correu mal e corrigir ou melhorar o que está ao nosso alcance (contribuindo para a evolução).
Lamentavelmente algumas pessoas têm uma dificuldade extrema em lidar com a derrota, despejando a sua raiva e agressividade naqueles que estão mais à mão, sejam pais, treinadores, namoradas, amigos etc.. Isto é compreensível, visto que a derrota tem um significado simbólico, assemelhando-se a uma morte. Quando somos derrotados ou não conseguimos os nossos objetivos, uma espécie de espada emocional perfura os nossos corações. Contudo, a nossa tendência de despejar as nossas mágoas e frustrações nos que estão ao nosso redor, quando feita em demasia, torna-se um fardo pesado para essas pessoas criando um clima sombrio e pouco agradável.
Desta forma, importa que todos os que não atingem os seus objetivos tenham a capacidade de assumir esses fracassos encarando a desilusão de forma tão natural, tal qual é natural festejar com alegria no dia das vitórias. Umas e outras fazem parte do processo, do desporto e da vida em geral. Saber conviver com umas e outras pode treinar-se e desenvolver-se tal como outras capacidades. Assim, as pessoas o desejem.
Os que estamos envolvidos no processo de treino desportivo sabemos ou já ouvimos falar de supercompensação. É o fenómeno que se pretende que ocorra com os atletas depois da aplicação de uma determinada carga de treino, da correspondente fadiga induzida, terminando estes numa fase posterior com o processo de adaptação e supercompensação, i.e., a passagem para um nível superior de rendimento ou de capacidades.
Teoricamente é assim que funciona o processo de treino desportivo. Conseguir isso na prática, através da aplicação adequada de estímulos (exercícios de treino) adequados a cada atleta ou a cada pessoa nem sempre é tarefa fácil. As pessoas aprendem e adaptam-se aos estímulos de treino (no desporto ou noutras áreas) a diferentes velocidades e apresentam respostas em competição ou em situação de stress, muito variáveis.
Treinadores, professores e outros responsáveis pelo processo de preparação ou de ensino-aprendizagem dos atletas ou das pessoas em formação devem estar atentos para estes fenómenos. Por muito bem preparados que estejam os nossos planos de treino, de aulas ou da formação, cada sujeito dispara rumo ao seu potencial máximo com um grau de previsibilidade que pouco tem a ver com os livros ou com aquilo que outros treinadores e professores possam indicar. É esta incerteza que torna os fenómenos de formação e treino tão interessantes para nós treinadores e formadores de pessoas. Ocupamos o nosso tempo à procura das melhores soluções para os atletas. Eles são e têm a melhor solução, nós apenas tocamos num ou outro interruptor para incentivar o processo.
Desejo-lhe o melhor, a si e aos seus atletas e formandos!!
Profissionais das mais diversas áreas precisam de efetuar apresentações em público. A maioria das pessoas não se sente confortável com a situação. Quer seja a falar para grandes ou pequenas audiências, especialmente as pessoas que se formaram recentemente têm dificuldade em se expor a estas situações. Muitos desportistas profissionais também mostram pouca facilidade em expor as suas ideias em entrevistas ou comunicação com os média.
Tal como noutras situações, a melhoraria destas capacidades e skills comunicativos, depende da nossa intenção e preparação para a ação – é tudo uma questão de treino. Quer tenhamos maior ou menor habilidade natural, com treino e exposição às mais diversas atividades que apelem à nossa capacidade de nos expressarmos conseguiremos melhorar.
Eis algumas dicas que podem auxiliar a que tenha um melhor desempenho nas suas apresentações:
Desejo-lho o melhor para as suas apresentações e comunicações.
Muitas pessoas têm uma dificuldade imensa em lidar com a crítica. A crítica construtiva e a avaliação de desempenho é benéfica e ajuda-nos a situar as nossas capacidades e a tomar maior consciência da realidade.
Um grande problema de atletas, treinadores e profissionais de outras áreas é a fuga à crítica. Reagir com agressividade e arranjar justificações de toda a ordem não ajuda a melhorar o desempenho. Lamentavelmente imensos atletas se refugiam neste tipo de comportamentos, antes preferindo que treinadores, dirigentes, jornalistas e público em geral comentem de forma positiva a sua performance independentemente de ela ser boa ou má.
Sendo os treinadores, aqueles que estão mais perto dos atletas, é normal que conheçam as reais capacidades dos mesmos. Quando o desempenho competitivo foi longe daquilo que é a valia do atleta, não resta outra alternativa ao treinador, o líder do processo de preparação, apelar ao atleta para que tenha um comportamento e atitudes adequadas que proporcionem um bom resultado.
Procurar apenas aquelas pessoas que nos dizem o que gostamos de ouvir é o caminho certo para a estagnação e a falta de resultados de qualidade. Obviamente que receber críticas negativas ao nosso desempenho não é agradável, mas não há como evitá-lo quando isso corresponde à realidade. É um processo doloroso que implica uma grande capacidade de se auto-avaliar e confrontar a opinião do outro com a nossa própria opinião. Disponibilizar-se para aceitar a crítica é o primeiro passo para conduzir à mudança de comportamentos e de atitudes para construir uma maior robustez pessoal. É ter força suficiente para assumir as suas próprias fraquezas. Só assim se podem melhorar.
Bem-vindos os críticos que vêm por bem
Muitos jovens atletas têm um sonho de alcançar a elite mundial, de ser profissionais de um qualquer desporto. Em Portugal é mais comum que isso aconteça no futebol, se bem que noutras modalidades isso também acontece.
É provavelmente o desejo do ser humano em se destacar em alguma área, neste caso no desporto, onde o mediatismo de grandes competições é imenso e os melhores atletas têm milhares ou milhões de fãs e de seguidores.
A competição desportiva é provavelmente das atividades da nossa vida que desperta mais paixões e todo um mundo de emoções fortes, quer para quem vive por dentro do acontecimento, quer para muitos dos seguidores. Estas emoções fortes acontecem especialmente no momento das grandes decisões, na parte final de um jogo, na última volta de uma corrida de 1500m ou de 5000m, nos segundos antes da partida para os 100m, entre outras ocasiões que cada um possa imaginar.
Duas questões importantes são, como e quando se ganha esse campeonato ou essa final?
Creio que a melhor resposta para cada uma dessas questões é,
Sobre o como se ganha:
Atitude de campeão dando 100% daquilo que são as tuas capacidades,
Atitude contra as adversidades que vais ter de enfrentar,
Atitude e demonstração de coragem para arriscar e aprender com os erros cometidos.
Sobre o quando se ganha:
Compreendendo que embora o momento competitivo seja o mais importante de todos, ele é apenas uma consequência de todo o trabalho prévio efetuado nas semanas, meses e/ou anos anteriores.
Sobre a competição ou o campeonato:
É aquela ou aquele desafio em que pretendas colocar-te à prova, dentro ou fora da pista e do campo.
Desejo-te o melhor para as tuas provas e desafios.
Se a sua carreira como treinador é relativamente recente procure fazer aquilo que pede aos seus atletas e à sua equipa.
Os seus atletas e a sua equipa treinam diariamente e você certamente lhe pedirá uma boa atitude, dedicação e compromisso com a atividade para obtenção de bons resultados. Pois bem, faça o mesmo – observe com máxima atenção para poder intervir e corrigir adequadamente. Faça os planos e estude as melhores opções. Seja um bom líder, absorva as incertezas dos atletas e da equipa. Se você fizer isso reduzirá ansiedades indesejadas e os atletas podem focar-se naquilo que é importante – o seu desempenho.
Planear treinos adequadamente, escolher uma boa estratégia para a competição e prever as diversas possibilidades é uma tarefa sua, tal como, informar os atletas.
E quanto ao desempenho competitivo?
Bem, aqui você terá de dar crédito aos seus atletas. Se você pretender intervir demasiado estará a retirar-lhe responsabilidade e a impedir a sua evolução. Em algum momento os atletas terão de ter a máxima responsabilidade e a competição é o melhor momento. Deixe-os brilhar.
Desejo-lhe o melhor e aos seus atletas!
Se você está à procura do 1º emprego, ou caso se tenho formado recentemente tenha em mente que por muito que se tenha esforçado para conseguir o seu diploma, isso por si só não lhe trará o seu emprego de sonho. Você ainda é um talento por explorar.
Tal como na formação de atletas, quando estes são jovens e especialmente em crianças, devem realizar uma prática multifacetada que lhe trará aquilo que chamamos um repertório motor de habilidades físicas, técnicas e cognitivas suficientemente alargado. Ao longo da sua formação o jovem vai sendo encaminhado para aquelas modalidades e especialidades onde demonstra ter maiores capacidades.
Você pode fazer o mesmo com a sua carreira profissional, começando com qualquer tipo de trabalho e especialmente experimentando atividades em mais que uma área ou organização. Mesmo que não seja algo que lhe agrade muito, você irá desenvolver capacidades e aprender formas de funcionamento ou da cultura das mais diversas pessoas e organizações. Se você for uma pessoa empenhada e com uma boa atitude, certamente conseguirá bons resultados e mais cedo ou mais tarde aparecerão melhores oportunidades.
Procure aprender e retirar o melhor de cada experiência evitando focar-se apenas no resultado imediato.
Lance boas sementes para o futuro e não pare até conseguir lá chegar.
Desejo-lhe o melhor!!